quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O Amor da minha vida

O amor da minha vida eu encontrei, tem nome, é de carne e osso, e me ama também. É que o homem da minha vida não cabe em mim e eu não caibo nele. Não basta que a gente se queira. Não basta nossos namoros, os rompimentos e a teimosia de desejar mais daquilo que não há de ser. Não presta que ele me visite pra acabar com as saudades, eu quero mais.

Não basta que haja amor para se viver um amor. Eu e ele somos as cruzadas da idade média. Tenho fascínio pelo plutão que ele habita, e ele vive intrigado por minha vênus, mas quando eu falo vem, ele entende vai. Enquanto ele avista o mar eu olho pra montanha. Quando um se sente em paz o outro quer a guerra. É preciso me traduzir a cada centímetro do caminho enquanto ele explica que eu também não entendi nada. Discordamos sobre o tempo, o tamanho das ondas, a cor da cadeira.

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